MIKLOS FEHER

Não tive oportunidade de viajar até Guimarães para ver o meu Benfica a jogar numa deslocação que, para mim, é das melhores que se podem fazer no campeonato nacional.
Foi por isso que fiquei a saber desta noticia através de um jornal.
Refiro-me a ausencia da habitual homenagem ao malogrado jogador Miklos Feher que ali tombou faz poucos anos.
Continuo a defender a opinião de que as instituições, Grupos, Clubes ou simples ajuntamentos são o que as pessoas que os compoem fazem deles.
A capacidade interventiva e de exemplo social é uma area que os pode valorizar ou desprestigiar, sendo que aquilo que fazem sera sempre alvo de julgamento publico.
Aqui fica então o meu julgamento.
Não encaro qualquer resposta como plausivel para justificar a ausencia da dita homenagem. E considero-a sempre inaceitavel seja ela qual for.

Hipotese 1- ESQUECIMENTO:
Enoja-me (começo a usar esta palavra demasiadas vezes) ter de equacionar a hipotese de que alguem se tenha que esquecido que um jovem faleceu naquele relvado a frente de milhares de espectadores, ampliando para milhões se se juntar os que assistiam a partida via TV. Depois de tudo o que se viu, ouviu, leu e escreveu nos dias seguintes parecia até que nunca mais ninguem iria esquecer o sucedido.

Hipotese 2- PROIBIÇÃO:
Será que alem de se proibir que os jogadores festejem os golos com os adeptos, alem de os castigar quando nos festejos tiram as camisolas, alem de se proibir a entrada de bandeiras nos estadios, faixas etc etc, será que algum "legislador" desportivo decidiu agora proibir a homenagem a quem partiu dignificando mais que uma camisola ou um clube, partiu dignificando um desporto e uma paixão??

Hipotese 3- FALTA DE VONTADE:
Possivelmente, os mentores dessa iniciativa, nas epocas transactas, acharam que já não valia a pena, que já teria passado demasiado tempo, e que até possivelmente se não fizessem a homenagem ninguem iria reparar. Puro erro, muito provavelmente, se a tivessem feito haveria pessoas que nela não iriam reparar. Não a fazendo alem de se reparar na ausencia, parece mal. Fica mal.

Poderia continuar aqui a tentar arranjar justificações para esta falha, mas tal tarefa não me compete. Quero apenas opinar sobre este assunto enquanto Benfiquista, Homem e Ser Humano.
Recordo muitas palavras, por muitos esquecidas, recordo promessas feitas que continuam por cumprir.
Esqueçam as palavras que disseram ou escreveram, esqueçam as promessas que fizeram, mas não esqueçam a camisola 29 que tombou naquele relvado e quem a vestia.
Até sempre eterno 3341.